A visita de Domingos Velho Lopes, presidente eleito da Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul), a Três de Maio, marca o reconhecimento da importância da região para o agronegócio gaúcho e brasileiro. Três de Maio e seus municípios vizinhos representam um polo estratégico na produção agrícola e pecuária, com forte influência na economia do estado.
A defesa do agronegócio face às alterações climáticas, o reconhecimento internacional do Brasil na segurança alimentar e energia limpa, e o potencial do setor produtivo no armazenamento de carbono foram destaques importantes. A mensagem central é clara: com estratégia, investimento e comunicação eficaz, o futuro do agronegócio brasileiro é promissor.
Defesa do Setor Frente às Mudanças Climáticas
Um dos pontos centrais da visita, uma palestra do novo presidente que levou a discussão sobre os desafios impostos pelas mudanças climáticas. Domingos Velho Lopes ressaltou a necessidade de o setor se adaptar e implementar práticas sustentáveis para mitigar os impactos das estiagens e outros eventos climáticos extremos. A defesa do agronegócio passa pela adoção de tecnologias e métodos que garantam a produção de alimentos de forma responsável e eficiente.
Brasil: Referência em Segurança Alimentar e Energia Limpa
O presidente eleito da Farsul enfatizou o reconhecimento internacional do Brasil como um país líder em segurança alimentar e produção de energia limpa. O agronegócio brasileiro tem um papel fundamental nesse cenário, produzindo alimentos para o mercado interno e externo, além de investir em biocombustíveis e outras fontes de energia renovável.
Potencial do Setor Produtivo em Armazenar Carbono
Domingos destacou o potencial do setor produtivo em armazenar carbono no solo e na biomassa, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Práticas como o plantio direto, a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de bioinsumos podem aumentar a capacidade de sequestro de carbono e promover a sustentabilidade do agronegócio.
Melhoria da Comunicação sobre as Conquistas do Agronegócio
Uma das preocupações de Lopes é a necessidade de melhorar a comunicação sobre as conquistas e os benefícios do agronegócio para a sociedade. É preciso desmistificar informações equivocadas e mostrar o papel do setor na produção de alimentos, geração de empregos e desenvolvimento econômico do país.
Irrigação como Estratégia para Enfrentar Estiagens
A importância da irrigação para enfrentar as estiagens foi outro tema abordado durante a visita. Domingos defendeu a necessidade de investimentos em infraestrutura hídrica e o uso de tecnologias eficientes para garantir o acesso à água e a segurança da produção agrícola.
Estratégias para o Desenvolvimento Agrícola
Para o desenvolvimento contínuo do agronegócio, o futuro gestor da Farusl destacou a importância de: Valorização do produtor: Incentivar e apoiar os produtores rurais, garantindo preços justos e acesso a crédito e tecnologia.
Gestão da água: Promover o uso eficiente da água na agricultura, com investimentos em irrigação e outras tecnologias.
Melhoria do solo: Adotar práticas de conservação do solo e uso de bioinsumos para aumentar a fertilidade e a produtividade.
Visão Otimista sobre o Futuro do Agronegócio Brasileiro
“Acredito no potencial do agronegócio brasileiro para continuar crescendo e se desenvolvendo de forma sustentável. Temos desafios, mas também temos muitas oportunidades. Com investimento em tecnologia, gestão eficiente e comunicação transparente, podemos construir um futuro próspero para o setor e para o país”, afirmou Lopes durante sua visita a Três de Maio.
Eleição recente e gestão de continuidade
Na recente eleição para a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Lopes foi eleito para suceder Gedeão Pereira na presidência. A nova diretoria demonstra forte representatividade regional, com a inclusão de líderes como Neri Schroer, presidente do Sindicato Rural de Três de Maio, que assume o cargo de diretor.
A Farsul se destaca pela sua ampla capilaridade, abrangendo 134 sindicatos rurais e suas extensões de base em todo o estado do Rio Grande do Sul. A eleição de Lopes foi marcada pelo reconhecimento expressivo, com mais de 100 votos favoráveis.
A nova gestão se compromete a manter o alinhamento com a identidade da gestão anterior, liderada por Gedeão Pereira. Uma das prioridades é valorizar a participação ativa dos sindicatos no conselho de representantes da federação da agricultura do RS, garantindo que as vozes e necessidades das diversas regiões do estado sejam ouvidas e consideradas nas decisões da Farsul.
O Dilema Democrático e a Conscientização
O agronegócio brasileiro enfrenta um cenário desafiador em suas relações com o atual governo federal. Pesquisas indicam uma probabilidade de continuidade do modelo vigente, o que intensifica a necessidade de o setor buscar formas eficazes de representatividade.
Apesar do respeito à democracia e à escolha popular, o agronegócio busca conscientizar a sociedade sobre o déficit fiscal e os riscos associados a um estado inchado e excessivamente assistencialista. O objetivo é promover um debate informado sobre as consequências econômicas de tais modelos.
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e outras federações do setor manifestam discordância com o modelo governamental atual. Em vez de críticas diretas, optam por apresentar seus valores e a forma de atuação do setor produtivo, tanto no Rio Grande do Sul quanto no Brasil como um todo. Esta abordagem visa demonstrar a visão e os princípios do agronegócio de maneira construtiva.
Por fim, destaca Lopes, o agronegócio busca um diálogo propositivo com o governo, sem confrontação, mas expondo seus valores e visão de futuro para o país, na expectativa de influenciar as políticas públicas e garantir um ambiente favorável ao desenvolvimento sustentável do setor.
O novo presidente da Farsul criticou ainda o modelo de crédito rural atual, afirmando que está superado. Durante sua palestra, ele destacou a necessidade de buscar novas fontes de financiamento, inclusive com a possibilidade de obter recursos a juro zero. Segundo ele, apesar dos grandes anúncios do plano safra a cada ano, a realidade atual é que o mercado opera sob a lógica do Mercado Livre, onde produtores buscam recursos a juros livres nos bancos. Ele ressaltou que apenas uma pequena parte desses valores é destinada à agricultura familiar, que necessita desse apoio.
O presidente argumenta que o sistema enfrenta desafios devido ao inchaço do Estado e às demandas crescentes por logística, educação, saúde e segurança, que consomem grande parte dos recursos. Para superar essas dificuldades, ele defende a necessidade de criatividade e inovação por parte da sociedade.
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